segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

O Frio!

Como é bom sentir o corpo implorar por calor,
seu pé gélido entrelaçando no meu para esquentar,
encosto sua cabeça no meu peito para ser meu cobertor,
o frio estimula a vontade de amar.


Sua companhia fica mais atraente,
o frio me estimula em querer te abraçar,
sinto seu colo macio, aconchegante,
que me embala como uma criança as vésperas de chorar.

Sinto seu corpo, seu cabelo, seu gosto, seu cheiro,
sou teu louco, teu leito, teu corcovado no Rio de Janeiro,
um filhote de beija-flor que voa sem medo,
um poeta com adjetivos, mas ainda sem sujeito.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Meu coração tem que estar sempre apaixonado,
sempre triste e solitário.
Mantenho um sentimento que predomina,
mas preciso me apaixonar a cada dia.

Toda manhã eu sofro, toda noite eu choro,
a cada minuto eu amo e faço uma nova estrofe.
Meu coração que não é meu, é seu,
está em órbita num espaço que não sei,
é uma batalha de sentimentos, sem juízo e sem lei.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Romance em Ação

Paro no tempo observando o verão,
reparo o brilho de seus raios de sol,
cada palavra do seu momento de atenção,
fico vendo um mar de rosas entre nós.

O simples junto com o caro,
o novo perto do maduro,
é o que os sonhos sempre me mostraram,
tua boca diz meu nome em um sussurro.

Cada planeta tem sua órbita,
cada lua tem seu céu,
eu não tenho seus segredos,
apenas um nome no papel.

Fico curioso sem saber o que fazer,
o gato sabe o que se passa em você,
a lua dá o ar do mistério e da razão,
um suspense, uma trama, um romance em ação.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

O que seria da poesia se não houvesse a solidão?
O que seria do poeta se não conhecesse o amor?
O que seria do amor se não existisse a solidão?

O peito dói com a presença do nada,
a lágrima seca pela vontade de chorar,
é um caminho sem fim que teimamos em seguir,
é a mudança estancada no mesmo anoitecer.

A lembrança de rosto nenhum
com os acordes de uma canção de amor.
Eu chego ao fundo do poço com a penas uma mão,
então eu caio no sono quando me faltam palavras,
mas acordo de novo e vivo a mesma solidão.

A TV me mostra o que o dinheiro comprou,
tolo seria EU, se lutasse contra o dinheiro
nesse mundo capitalista.