Estou atormentado, incomodado,
Como um filhote querendo nascer,
Meus pensamentos não se solidificam,
Sempre é pouco, sempre é singelo.
O “eu te amo” não me conforta, não me completa,
Qualquer palavra adjetivando meu sentimento nunca é suficiente,
A vontade é de gritar, bem alto, mais alto do que o imaginável,
Mas se eu gritar posso ser tomado de bobo, de pateta.
Não tenho receio, é sincero, espontâneo,
Tem gente que grita, mas de dor, de medo,
Medo do vazio, do escuro,
Medo do nada, ou medo de tudo.
Ahhh, o frio!!!
O amor navega com a brisa, na temperatura ideal, o calafrio.
Os olhos se acham, cuidam, se enchem,
É como um imã, dois corpos quentes, separados pelo frio,
Logo se aproximam, cingem com os braços, se unem.
A troca de calor acompanha a troca de fluido,
O carinho nas mãos é o grito preso que se liberta,
E embaixo da coberta, o amor chega ao ápice,
Vai dos pés a boca, passando e voltando ao umbigo.
Ahhh, o frio!!!
Momento de se apaixonar, de se tocar,
Momento de conversa, conhecimento,
É no frio que o coração esquenta.
O sol que me desculpe!!!
quarta-feira, 20 de maio de 2009
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