terça-feira, 2 de setembro de 2014

Como Flor

Ah! Necessário estar, ficar com você.
Penetrar seu olhar é como sonhar.
Um homem sem medo,
no doce momento de amar.

Voar no teu céu,
navegar no teu mar.
Rabiscar um papel,
respirar o teu ar.

Sobre o verde da grama
estendo um manto,
te ofereço minhas mãos,
meu peito - um recanto -
nossa vida, serena ou intensa,
seja como flor.

Nos teus braços me aqueço,
nos teus lábios me perco,
os teus olhos são berço
de paz e sossego, amor!

Outubro de 17

Ó pretinha lindo manto que tu veste,
Seu Pedroso armado de fé e bota,
ao caçar pegou santa de terracota,
feliz aquele Outubro de 17.
Até hoje o milagre se repete,

grata vinda do Conde de Assumar,
Seu Pedroso pôs sua rede a buscar,
esse fato que chegou até a mim.
Inspirado na obra de "Zé Pretim"
dei Maria esse Galope à Beira-mar.

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Poesia em setilha

Depois de fazer o curso de Criação Poética com a grande músico, compositor e agora amigo SANDRO DORNELLES, fiz minha primeira poesia em formato de setilha!

AS COISAS DO CORAÇÃO


Esse coração irônico,
Carecente de atenção,
Põe o peito a acidar
e o suor correr nas mãos.
Um sorriso bem sincero
e os olhos de mistério,
faz vibrar meu violão.


Vibrando as cordas todas,
vai criando um desajeito,
arrepia pelo e pele,
emoção da “margi” ao leito.
A lágrima rola aos poucos,
deixa o coração tão louco,
corcoveando no peito.


Com impulsos inconstantes,
deixa o corpo excitado,
numa noite calma e fria,
me acomodo ao seu lado.
Minha mão corre em seu corpo,
Mas pra mim parece pouco,
Logo te beijo nos lábios.


E assim seguimos nós,
guarnecidos de paixão.

Olhos expelem desejo,
como estrofe e refrão.
Procurando aprender
e tentando entender
as coisas do coração.


;-)

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Quero o "S" do Bra_il de volta!

(Leia quem pode, argumente quem não tem juízo)

Sabemos que o Brasil sempre teve a fama internacional de “país das belas mulheres”, onde a “bunda” é considerada a preferência nacional e símbolo maior que a própria bandeira.

A admiração por esta parte do corpo feminino não é crime, afinal, trata-se de herança genética e não podemos ir contra os fatos, as brasileiras tem sim corpos, e bundas, mais bonitos que as mulheres de outros países. Entretanto, o uso excessivo desta publicidade no exterior, fez com que o Brazil atraísse turistas famintos pelo consumo deste turismo verde e amarelo, enriquecendo as “modelos” e seus “empresários”. Enquanto turismo internacional, nós brasileiros não sentíamos os prejuízos patrimoniais e, principalmente, intelectuais, afinal, o Brazil servia quase como um quarto de motel gigante, onde os clientes (turistas) se esbaldavam do nosso “patrimônio” maior – pela visão deles -, deixavam seu dinheiro e voltavam para suas casas falando muito mal da nossa “cultura”. Isso não afetava nossas vidas... o dinheiro é deles, que gastem como quiser... certo??

Certo!

Porém, tem um detalhe importante na frase acima! Não AFETAVA nossas vidas!! Agora afeta! Pois o turismo internacional passou a ser consumido pelo próprio brasileiro e é aí... bem aí... que a merda começou a ser feita.

O povo brasileiro ficou conhecendo o Brazil visto pelos gringos. Bundas e mais bundas e mais bundas. Uma bunda maior que a outra. Uma mais redonda, outra mais empinada - Opa! Essa é premiada, ganhou o concurso das bundas!!! - A diferença, é que o “brazileiro” leva vantagem em relação aos turistas, afinal, pagam em real, o que sai pela metade do preço!

Mas o que isso tem a ver???

Tem a ver que, por causa dessa visão medíocre vinda do outro lado do oceano, o povo “brazileiro” foi infectado, a mídia entrou na dança e a televisão brasileira introduziu a bunda na sua programação. 70% dos programas da TV aberta tem mulheres seminuas e, O PIOR, elas passaram a ser ENTREVISTADAS. É isso aí amigão! A mulher “transa” com um artista teen canadense e no amanhecer do dia seguinte, está em todos os jornais, sites, blogs e agora NA TV parceiro.  Isso mesmo! Num dia a entrevistada é a capa da Playboy, no outro é a capa da Sexy, no outro é a “gostosa do mensalão”, no outro é “namorada” do senador e a bunda vai tomando conta da situação.

Logicamente, que a música também entrou na dança!!

A TV dita o ritmo e os imbecis de “barraca armada” entram, literalmente, na onda, ou melhor, entra no meio dessa suruba exacerbada. As letras só falam de sexo! Na contabilidade do vídeo clipe da música sucesso atual, os números são assustadores:

- 02 músicos
- 20 mulheres
- 02 Camaros
- Casa com piscina
- Cerveja, Vodka e energético


Calma! Não é um filme pornô! Tô falando de clipe musical!!! Afinal, não tem ninguém transando – pelo menos em cena – e tem 02 músicos participando, o que caracteriza “música”.

A mídia e a música “brazileira” virou uma esculhambação, roubaram o “S” do Brazil sem pedirem permissão. Vivemos como gringos em nosso próprio país, com o único direito de escolha que é desligar a televisão. Nós, brasileiros com S maiúsculo, nos tornamos extraterrestres em nossa própria casa, onde ouvir Lenine, Renato Teixeira e Oswaldo Montenegro nos torna velhos e chatos.

Quero o “S” do Bra_il de volta!!!

URGENTE!!!


Breno Vocal

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Descontrolada a minha mente

A minha inquietude me proporciona momentos abreviados,
minha cabeça desconcentrada não sabe se corre ou se para.
Tenho uma porção de textos e canções inacabadas,
refrões sem estrofes e estrofes sem refrões.

Olho para o céu – cheio de estrelas e inspirações – e ele continua lá,
longe de mim, longe da caneta e do papel, sem um pingo de imaginação,
E, sem ação, imagino um monte de “nada” dentro de um vazio enorme,
do tamanho da confusão que me perturba e distrai.

Flashes passam a todo o momento e eu não consigo ver,
procuro soluções imediatas, mas não há nada no meu campo de visão,
a não ser essa maldita xícara de café, que me perturba as ideias
e me perde nas frases soltas e sóbrias em meio a minha loucura imediata.

Breno Vocal

quarta-feira, 15 de maio de 2013

O Mundo Anda Pesado Demais


Onde está o sonho de viver em paz?
De abrir a cortina e contemplar a manhã?
De levar a vida leve feito nuvem?
Acho que o mundo anda pesado demais.

Falar de amor é como falar em vão,
Sobre a mesa, cartas marcadas de dor,
Sobretudo, o perdão. Esquecido, sem cor.
Agora, poesia, é falta de educação.

Se eu pudesse voltar no tempo,
entrar nos quadros e fotos antigas,
Reviver bons momentos, de simplicidade,
Fazer música nova, como velhas cantigas.

É preciso resgatar o passado,
refazer o presente, para um futuro sagaz.
Quero que todos se amem por um segundo,
Porque esse mundo anda pesado demais.


Breno de Assis

quarta-feira, 13 de março de 2013

Frio! Lembranças...


Que saudade do frio.
De sentir a brisa da manhã
e abraçar o cobertor com tanto amor,
que o travesseiro, enciumado, se põe macio.

Saudade de tomar chocolate quente.
Tronco vergado, nariz meio amorangado,
copo envolto por todos os dedos
e o tato um tanto falho pela lã presente.

No frio o coração esquenta,
as pernas começam a vibrar,
e os olhos conectados, mitigam o peito aflito:
"Hoje temos visita em casa, se prepara, que vou lhe usar"


Breno de Assis

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Despontado

Sobre a cama, o suave toque sobre as teclas que aguardam inspiração, - mas não guardam inspiração, apenas aguardam - formam linhas que preenchem o branco, que não é mais branco. Pena que o toque leve dos dedos não são tão leves como deveriam, - o lápis está desapontado, assim como uma parte do meu coração -, e o semblante fechado é iluminado pela tela, que era branca, e realça o fosco dos olhos baixos de sono e tristeza.

Acho que vivo os poemas apaixonados de Turíbio Coelho ou, até mesmo, contos Shakespearianos. Me vejo em fotos de anúncios de sabão em pó em revistas femininas - O cachorro correndo junto ao mar, buscando o objeto na mão do pai, de bermuda cinza e camisa branca. O filho se acalenta na mão da mãe, que usa uma roupa leve, também branca, com cabelos ao vento e o sorriso carinhoso de quem não se incomodou com a produção por detrás da foto -.

As vezes me preocupo excessivamente com opiniões cotidianas, de quem apenas acorda, trabalha e dorme. - Geralmente transam antes de dormir, mas isso ainda faz parte do cotidiano - . Pessoas que não apossam o sentido de amar poeticamente, de contar os meses, de fazer piquenique, ou simplesmente andar no parque num domingo a tarde... a pé ou... como quiser.

Vivo num mundo que não é meu, nem seu. É nosso. Meu e dela. Ela. Meus dedos suavizam sobre o teclado só de lembrar seu rosto lindo, a pinta na bochecha e os olhos castanhos, - não foscos -, olhos castanhos que, de tanto brilho, iluminam meu coração. A alegria que toma meu peito ao me lembrar dela é a adrenalina do músico prestes a subir ao palco, o ator no preceder do abrir das cortinas, do louco quando acreditam na sua lucidez.

A vida é a realidade de cada alma, em sua particularidade, desde que exista amor.


Breno de Assis

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

E se não houvesse som?

O rádio de enfeite não passaria,
Passarinho perderia o piar,
Cacarejos se tornariam cacarecos
De um triste galo quando visse o sol raiar.

O amor sem “eu te amo”
A poetisa pouco enfática,
A TV menos dramática.
O “adeus” resumido em um olhar.

Sem lamento, sem pranto nem barulho,
No entanto sem cantar.
Não teria vitrola, tagarela, repenique, grafonola, nem batida na panela.
Não existiria protetor auricular.

O som sem sentimento é presságio do silêncio.


Breno de Assis